sexta-feira, 14 de junho de 2013

Refluxo esofágico

É só azia ou não é?

Costumamos recorrer a essa palavra para nos queixar de que uma fogueira foi acesa dentro do tórax, principalmente depois de um grande banquete. Nem sempre, porém, o ardor indica refluxo. "O termo azia, na verdade, quer dizer azedume na boca, mas passou a ser empregado como sinônimo de queimação na boca do estômago", diz o gastroenterologista Ary Nasi. As labaredas que caracterizam o refluxo não tendem a ficar concentradas somente nessa região. A impressão é que elas pegaram um elevador com destino à garganta. Não bastasse o peito em chamas, o refluxo ainda pode ser marcado por dores no tórax, dificuldade para engolir, gosto amargo na boca, irritação na garganta e, claro, a sensação de retorno da comida.

Medidas antirrefluxo

• Não beba muito líquido nas refeições, mastigue bem os alimentos e evite comer demais.
• Reduza a gordura do cardápio - ela torna a digestão mais lenta, favorecendo o refluxo.
• Maneire nas bebidas gasosas, como refrigerantes e cervejas.
• Não abuse de alimentos ou bebidas de teor ácido, como molhos de tomate industrializados, frutas cítricas e vinhos.
• Tome cuidado com o álcool, que, além de relaxar o esfíncter, aumenta a acidez no estômago.
• Não caia de boca no chocolate, que - pasme! - guarda substâncias capazes de tornar a válvula mais preguiçosa.
• Aguarde pelo menos duas horas para se deitar após comer.
• Na hora de dormir, procure elevar a posição do travesseiro numa altura de 15 centímetros.

Cuide-se!
Bronye

Refluxo esofágico

 O que é?

Vinte milhões de brasileiros sofrem com aquela queimação no tórax que delata o problema, embora muitos não desconfiem do motivo nem o levem tão a sério. Mas saiba que consertá-lo é o caminho para apagar a azia e evitar que o incêndio culmine em doenças como o câncer.
A doença, negligenciada por muita gente, parece estar em franca ascensão. Isso porque anda de braços dados com maus hábitos que, infelizmente, permanecem em voga: a dieta gordurosa, o sedentarismo e o resultado dessa combinação, a obesidade. Antes que um hipocondríaco se atreva a se autodiagnosticar, vale esclarecer que, se o fogaréu capaz de escalar abdômen acima ocorre somente de vez em quando, sobretudo depois daquela feijoada, trata-se de algo natural. "Todos nós temos esse refluxo ocasional", tranquiliza o gastroenterologista Cláudio Bresciani, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na capital paulista.

O problema nasce quando essa tortura é recorrente e não depende só dos exageros à mesa. "Se acontecer mais de uma vez por semana, há uma suspeita da doença", esclarece Nasi, que também atua no Hospital das Clínicas de São Paulo. Tudo acontece porque o esfíncter, uma válvula que fica na divisa entre o esôfago e o estômago, relaxa demais em momentos inoportunos. "Sua função é impedir a volta da comida", diz Bresciani. Ao perder a pressão, porém, ele deixa de funcionar direito e permite que o conteúdo gástrico retorne, contrariando a lei da gravidade.


Há casos, porém, que exigem cirurgia para fazer uma reforma entre o esôfago e o estômago, recobrando a pressão da válvula e, se preciso, corrigindo uma hérnia de hiato. Tudo isso é feito por laparoscopia, ou seja, demanda pequenos cortes para ser executada. No campo da pesquisa, há quem fale em procedimentos por endoscopia, em que não existiram nem sequer furos. "Mas até o momento os resultados não são tão bons", comenta Bresciani. Na seara dos remédios, não cessa a busca por fórmulas mais eficazes. "Existem estudos com drogas que agem diretamente no esfíncter", conta Nasi. Mas, se somarmos um estilo de vida saudável aos recursos já disponíveis, não é nenhuma missão impossível botar ordem nesse trânsito caótico e abrasador.

Conheça quem está mais sujeito ao refluxo:

Obesos
Eis mais um transtorno a ser incluído na lista de problemas comuns a quem está acima do peso. O excesso de gordura acarreta um aumento da pressão dentro do abdômen, contribuindo para que o conteúdo gástrico escoe em direção ao esôfago. Daí, é refluxo na certa.
Grávidas
A exemplo dos gordinhos, mulheres que carregam uma criança dentro do ventre têm de suportar uma maior pressão intra-abdominal. Isso facilita a expulsão do conteúdo gástrico no sentido contrário, atrapalhando o trabalho do esfíncter.
Bebês
Neles, o retorno da comida é fruto da imaturidade do esfíncter. "Metade dos pequenos regurgita até os 6 meses, o que é normal", diz a pediatra Tania Quintella, da Sociedade de Pediatria de São Paulo. "Só cogitamos a presença de uma doença se houver outro sintoma, como tosse, chiado no peito e baixo ganho de peso."

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Bronye

Sobre patente de DNA humano


"A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta quinta-feira (13) que empresas não podem patentear uma sequência de genes humanos, pois o DNA é um "produto da natureza", e não uma "invenção humana".
Dos 23.688 genes identificados no banco de dados do Centro Nacional de Informação Biotecnológica norte-americano, 4.382 têm pedidos expressos de propriedade intelectual – isso significa que quase 20% do genoma humano é patenteado por universidades, instituições privadas e de pesquisa científica.
A medida do principal tribunal de justiça norte-americano, porém, garante que os genes copiados artificialmente e replicados, o chamado DNA complementar, podem ser protegidos por lei. "Um segmento de DNA de origem natural é um produto da natureza e não pode ser patenteado simplesmente porque foi isolado, mas o DNA complementar pode ser patenteado porque não se produz de maneira natural", definiu o juiz Clarence Thomas na sentença.

A decisão unânime dos nove juízes, que afeta diretamente o mercado de biotecnologia do país, foi baseado numa disputa travada ainda em 2005 entre a Myriad Genetics Inc, companhia de Utah que detém a patente dos genes BRCA 1 e BRCA 2, e a ONG American Civil Liberties Union e a Fundação de Patentes Públicas norte-americana, que representam associações médicas e defendem os direitos dos pacientes.
Desde 1997, o monopólio impedia que pesquisadores fizessem experimentos com esses genes, cujas mutações indicam maior risco de câncer de mama e ovário, sem obter uma permissão e pagar uma taxa para a Myriad."

Fonte -UOL ciências

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Bronye