terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Hiperplasia benigna da próstata



A hiperplasia benigna da próstata é uma formação não cancerosa (benigna) desta glândula.

A hiperplasia benigna da próstata é frequente a partir dos 50 anos. A causa é desconhecida, mas pode ter que ver com as alterações nos valores hormonais que se verificam com o envelhecimento. A próstata é uma glândula que rodeia a uretra e, se crescer, pode estreitá-la gradualmente. Com o passar do tempo, o fluxo de urina pode ficar obstruído. Como resultado, os músculos da bexiga tornam-se mais grossos e fortes para poderem empurrar a urina para fora. No entanto, quando um indivíduo com hiperplasia benigna da próstata urina, a bexiga pode não se esvaziar por completo. Como consequência, a urina é retida, ficando o indivíduo exposto a infecções e à formação de cálculos. Uma obstrução prolongada pode danificar os rins. Num homem com hiperplasia benigna da próstata, os fármacos que afectam negativamente o fluxo da urina, como os anti-histamínicos, podem provocar uma obstrução.

Sintomas

A hiperplasia benigna da próstata manifesta os primeiros sintomas quando a próstata aumentada começa a dificultar o fluxo da urina. Ao princípio, o doente pode ter dificuldades ao começar a urinar. Também pode sentir que a descarga de urina foi incompleta. Como a bexiga não se despeja por completo em cada micção, tem de urinar com maior frequência, sobretudo à noite (nictúria) e a necessidade torna-se cada vez mais imperiosa. O volume e a força do fluxo urinário podem ser consideravelmente reduzidos e pode permanecer uma gota no final da micção. Finalmente, a bexiga pode encher-se em excesso, provocando incontinência urinária.

Algumas pequenas veias da uretra e da bexiga podem rebentar quando o paciente se esforça por urinar e isso faz com que apareça sangue na urina. A obstrução completa pode impossibilitar a micção, o que provoca uma sensação de repleção e depois uma dor aguda na parte inferior do abdómen.

As infecções da bexiga podem provocar uma sensação de ardor durante a micção e também febre. O resíduo da urina que é devolvida também aumenta a pressão sobre os rins, mas isso raramente provoca lesões permanentes do rim.

Diagnóstico

O médico que suspeita de um caso de hiperplasia benigna da próstata, baseando-se nos sintomas, faz um exame físico. Ao palpar a próstata durante um exame rectal, o médico geralmente pode confirmar se ela está aumentada. Procurará também nódulos, que podem indiciar a presença de cancro e confirmará se existe dor, o que pode ser indício de infecção.

Em geral, fazem-se análises ao sangue que medem a função renal, bem como outros exames que determinam se o indivíduo tem cancro da próstata. Estas análises medem as concentrações do antigénio específico prostático (AEP). Os resultados mostram valores elevados em 30 % ou 50 % dos homens com hiperplasia benigna da próstata. Este aumento significa que se deverá fazer outra avaliação para determinar se o indivíduo tem cancro da próstata, mas não significa que assim seja.

Toque rectal

Com o toque rectal consegue-se palpar a próstata que, na figura, tem um nódulo de origem tumoral.

Por vezes, é necessário fazer mais testes. O médico pode usar um cateter para medir a quantidade de urina que fica na bexiga depois da micção. No entanto, o mais comum é que o médico faça a pessoa urinar para um urofluómetro (um instrumento que mede o débito urinário). Um exame com ultra-sons (ecografia) pode medir o tamanho da próstata e ajuda a determinar se o cancro é uma causa possível. Em casos excepcionais, o médico introduz um endoscópio (um tubo flexível que permite visualizar) até à uretra para determinar se o fluxo de urina está obstruído por outra razão que não seja o crescimento da próstata.

Tratamento

Os sintomas podem ser aliviados com fármacos alfa-adrenérgicos que relaxam os músculos da saída da bexiga, como a terazosina e a doxazosina. Para reduzir o tamanho da próstata e protelar a necessidade de cirurgia, podem ser administrados medicamentos como o finasteride, mas a melhoria dos sintomas pode tardar em verificar-se até 3 meses ou mais. Requer-se um tratamento adicional se os sintomas se tornarem insuportáveis, se o canal urinário se infectar, se o rim começar a deixar de funcionar ou se o fluxo de urina ficar completamente obstruído. Um homem que não pode urinar em absoluto necessita que lhe seja colocado um cateter de Foley para drenar a bexiga. Qualquer infecção é tratada com antibióticos.

A cirurgia é a opção que mais alivia os sintomas. O procedimento mais frequente é a ressecção transuretral da próstata, segundo a qual o médico introduz um endoscópio até à uretra e elimina parte da próstata. Este procedimento não requer uma incisão cirúrgica e, em geral, administra-se um anestésico injectando-o na coluna vertebral. No entanto, 5 % dos homens que se submetem a esta intervenção, ou até menos, sofrem de incontinência urinária. Em casos excepcionais, o indivíduo passa a sofrer de impotência, necessita que se lhe dilate a uretra ou que se faça outra ressecção transuretral dentro dos 3 anos seguintes. Outra alternativa é utilizar um endoscópio equipado com um laser para queimar o tecido prostático, danificando menos os nervos e provocando menos complicações. No entanto, até à data não existem estudos sobre as consequências deste processo a longo prazo. Outros tratamentos experimentados recentemente são o uso de calor por microondas para reduzir o tecido prostático e o uso de um globo para dilatar a uretra.


Fonte:.manualmerck.net


Cuide-se!

Bronye

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