sábado, 17 de março de 2012

Insônia


Não é fácil definir esse problema, que aflige cerca de um terço da humanidade. Isso porque, na realidade, a insônia não é uma doença, mas um sintoma de vários males. Para piorar, tem várias facetas. O caso clássico, aquele em que o indivíduo deita e não consegue pregar o olho, é apenas um tipo. Mas as pessoas que têm o sono picado ou acordam cedo demais também são consideradas insones. Outra pista para detectar as noites mal dormidas é despertar cansado com a sensação de estar em frangalhos.

Há três formas de insônia. A mais comum é transitória e dura no máximo uma semana. O tipo intermediário pode durar até três. Mas ela torna-se crônica se ultrapassar esse período. Aí é hora de procurar ajuda. É fundamental investigar as causas do problema e tratá-lo pois uma boa noite de sono tem funções vitais para a saúde.

As noites mal dormidas são apenas a ponta de um iceberg. Por trás delas podem estar fatores emocionais como depressão ou ansiedade, conflitos familiares ou no trabalho, álcool, doenças que causam dor ou desconforto como a fibromialgia, problemas hormonais, Parkinson, Mal de Alzheimer, mudanças de fuso horário, hábitos inadequados, predisposição genética e até mesmo outros distúrbios do sono. 

 

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Insônia nas crianças

"Meu bebê trocou o dia pela noite". Essa queixa é das mais comuns nos consultórios pediátricos. Mas relaxe: na enorme maioria dos casos, é apenas uma questão de (maus) hábitos. Afastadas as causas físicas (como as temidas cólicas), os especialistas recomendam algumas medidas simples para ensinar o pequeno a adormecer sozinho: • oferecer algum brinquedinho ou xodó que o acompanhe durante a noite.
• passar alguns momentos ao lado do berço ou da cama fazendo coisas agradáveis, como ler historinhas ou desenhar,
• estabelecer horários fixos para ir para cama,
• não fazer o bebê dormir embalando-o no colo ou ninando-o. Ele deve aprender a dormir sozinho, associando o sono a um momento gostoso.
As crianças precisam dormir muito para garantir o desenvolvimento do cérebro. As noites em claro comprometem o crescimento, o aprendizado e o bem-estar delas - além do bom-humor dos pais, claro.

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Boa higiene do sono

Para dormir com os anjos Veja o que os médicos consideram uma boa higiene de sono:
1. Mantenha um horário regular para adormecer e acordar, todo santo dia.
2. Vá para a cama somente na hora de dormir. Nada de ler, falar ao telefone ou comer entre os lençóis.
3. Cuide para que o ambiente seja agradável: deixe o quarto escuro e silencioso. Se possível, regule a temperatura.
4. Escolha um colchão adequado, nem rígido nem macio demais. Lembre-se que em nenhum outro momento do dia você fica tantas horas na mesma posição.
5. Fuja do café e de outros estimulantes como o chá preto, o mate e alguns refrigerantes, além do cigarro.
6. Nada de ficar planejando as tarefas do dia seguinte nem resolvendo problemas na hora de dormir.
7. Não se engane como o aparente efeito relaxante do álcool: ele é garantia de noites turbulentas.
8. Não faça exercícios à noite, pois eles acendem o organismo.
9. Não se empanturre no jantar nem coma perto da hora de deitar. A digestão praticamente pára enquanto dormimos.
10. Faça atividades relaxantes após essa refeição.
11. Não assista TV no quarto. Ela é uma fonte enorme de estímulos capazes de deixar a pessoa mais alerta.


Tratamento

Para voltar a dormir com os anjos, além de afastar as causas da insônia, é preciso mudar certos hábitos - o que os especialistas chamam de uma boa higiene de sono. Nos casos crônicos, o médico também pode indicar terapias para ensinar a relaxar e, às vezes, remédios. Mas atenção: nada de sair por aí engolindo pílulas por conta própria. As drogas devem ser usadas com muitíssima cautela porque provocam dependência e tolerância. Em pouco tempo o corpo acaba pedindo doses cada vez maiores para produzir o mesmo efeito. E não se esqueça: eles não tratam a causa do problema.


 

Consequências da insônia

Não se iluda: os efeitos das noites em claro vão muito além do cansaço no dia seguinte. É durante o sono que funcionam processos vitais. Veja o que acontece quando você dorme menos do que precisa: • Cabeça - sonolento, o cérebro diminui a atividade. Isso compromete funções como a criatividade, a atenção, o equilíbrio e a memória. Além do humor, claro. Para se ter uma dimensão do problema, basta lembrar que as tragédias de Chernobyl e Challenger foram causadas por gente que estava caindo pelas tabelas.
Ossos e músculos - cerca de 70% do hormônio do crescimento é secretado durante o sono. Nas crianças ele garante o ganho de peso e de altura. Nos adultos, responde pela renovação celular dos músculos e do esqueleto.
Pâncreas - a produção de insulina despenca, atingindo níveis parecidos aos dos diabéticos.
Coração e sistema digestivo - a falta de sono gera um efeito de estresse. O corpo produz, então, mais cortisol e adrenalina, os hormônios da tensão. Isso abre caminho para complicações cardíacas e digestivas. Essas substâncias também nocauteiam o sistema imunológico.
Câncer - uma noite bem dormida ajuda a eliminar os radicais livres, moléculas que estão por trás de vários tumores e do envelhecimento precoce.


Fonte:Revista Saúde

Cuide-se!
Bronye

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