Hepatite C pode favorecer o diabete
O vírus que causa flagelos ao fígado é acusado agora de financiar o diabete. Felizmente, os cientistas vislumbram uma nova era na caçada ao micro-organismo que já infectou 170 milhões de pessoas ao redor do globo. Veja como eles estão fechando o cerco.
por Diogo Sponchiato | design Glenda Capdeville | ilustrações Bruno Borges
Silencioso.
Todo médico recorre a esse adjetivo para descrever o ataque do inimigo
que carrega, em sua ficha criminal, a denúncia de ser o maior
responsável por um colapso no fígado. Descoberto há 20 anos, o vírus da
hepatite C está na lista dos bandidos que assaltam o corpo sem dar
bandeira durante décadas e, quando são flagrados, já causaram
consideráveis estragos. Hoje o réu, que se vale do sangue para
contaminar suas vítimas, não responde tanto por novos contágios. Desde
que foram adotadas medidas de segurança, como uma triagem mais rigorosa
nas transfusões nos anos 1990 e a consolidação do emprego de agulhas
descartáveis, a transmissão despencou.
A questão, porém, é que milhões de brasileiros entraram em contato com o VHC, a sigla que classifica o infeliz, antes desse período e só agora sofrem as retaliações da invasão. "Vivenciamos atualmente uma epidemia de diagnósticos", sentencia o infectologista Evaldo de Araujo, do Laboratório de Hepatites Virais do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O problema é que muitos casos ainda são detectados tardiamente", constata Ricardo Gadelha, coordenador do programa de hepatites virais do Ministério da Saúde. A essa altura, o fígado já foi assolado por uma cirrose ou por um câncer. Aí, a única solução é o transplante.
Revista Saúde
A questão, porém, é que milhões de brasileiros entraram em contato com o VHC, a sigla que classifica o infeliz, antes desse período e só agora sofrem as retaliações da invasão. "Vivenciamos atualmente uma epidemia de diagnósticos", sentencia o infectologista Evaldo de Araujo, do Laboratório de Hepatites Virais do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O problema é que muitos casos ainda são detectados tardiamente", constata Ricardo Gadelha, coordenador do programa de hepatites virais do Ministério da Saúde. A essa altura, o fígado já foi assolado por uma cirrose ou por um câncer. Aí, a única solução é o transplante.
Revista Saúde
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