terça-feira, 28 de setembro de 2010

Contaminação atinge 95% dos jalecos médicos

Essa pesquisa foi realizada em Sorocaba,mas em todos os hospitais,foram constatados que profissionais desde atendentes de enfernagem,enfermeiros e área médica,eles não respeitam esses cuidados.E orientados todos foram...eu mesma quando fiz um curso,fui orientada ,a usar jaleco somente no hospital,clinica,e nunca ,jamais sair com ele nas ruas.Mas vejo isso constantemenete e fico preocupada,justamente pela contaminação.Mas os novos médicos ,enfermeiros ,muitas vezes atendente gostam de se exibir

Cuide-se !
Bronye

****************************

Pesquisa em Sorocaba



Micro-organismos encontrados podem causar infecção hospitalar; OMS indica uso do avental para proteger os profissionais de saúde.

Em vez de proteger o usuário, o jaleco médico - indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como equipamento de proteção individual para os profissionais do setor - pode ser fonte de contaminação. É o que indica um estudo realizado por alunas da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), câmpus de Sorocaba, e divulgada ontem.
Das amostras analisadas, 95,83% estavam contaminadas. Entre os micro-organismos identificados nos jalecos está o Staphilococcus aureus, bactéria considerada um dos principais agentes de infecção hospitalar. A pesquisa foi realizada pelas alunas Fernanda Dias e Débora Jukemura, sob orientação da professora Maria Elisa Zuliani Maluf.

A proposta surgiu após a constatação de que alunos e residentes do hospital-escola do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, da rede estadual de saúde, saíam para o almoço em bares e restaurantes sem tirar o jaleco.

O objetivo foi comparar a microbiota - conjunto de micro-organismos que habitam um ecossistema - existente nos jalecos, sobretudo na região do punho e na pele dessas pessoas, com a dos não usuários. Foram avaliados 96 estudantes de Medicina, distribuídos nos seis anos da graduação, que atuam na enfermaria de clinica médica do hospital. A metade usava jalecos (de mangas longas) e a outra metade não.

¨Essa elevada taxa de contaminação pode estar relacionada ao contato direto com os pacientes, aliada ao fato de os micro-organismos poderem permanecer entre 10 e 98 dias em tecidos, como algodão e poliéster¨, explica Fernanda.

O estudo mostrou que os jalecos dos profissionais estão geralmente contaminados, principalmente nas áreas de contato frequente, como mangas e bolsos. A OMS e outras instituições de referência em biossegurança recomendam a sua utilização como uma barreira de proteção contra a transmissão de micro-organismos. No estudo, a pele da região do punho estava contaminada em 97,91% dos usuários de jaleco. Nos não usuários a contaminação era de 93,75%.

Questionamento. ¨Evidencia-se que a contaminação nos usuários de jaleco não difere significativamente daqueles que não fazem seu uso, indicando que sua função como proteção pode ser questionada¨, disse a professora Maria Elisa.

De acordo com as alunas, o estudo também revela que a prática de lavar as mãos, em ambos os grupos, não está adequada. Para ela, a falta de higiene das mãos aumenta a contaminação dos jalecos.

Os resultados mostraram ainda que o número de micro-organismos patogênicos aumentou consideravelmente nas coletas realizadas entre segunda e quinta-feira, dias de maior atividade médica. Para a orientadora, a pesquisa mostrou que o jaleco pode representar um possível veículo de transmissão de micro-organismos associado à infecção hospitalar, caso seu uso não seja aliado a cuidados.

A PUC-SP pretende aprofundar os estudos para encaminhá-los à OMS.


23/09/10




Fonte: Estadão
24/9/2010 - 10:22:11
Atualizado em: 24/9/2010 - 10:22:11

Nenhum comentário: