segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Diverticulite

O que é?

Ela não chega a ser o mal do século, mas ninguém discute que tem aumentado o número de suas vítimas, sobretudo entre pessoas com menos de 40 anos. Para os gastroenterologistas, é quase unânime: a diverticulite está em expansão. Não faltam hipóteses para justificar a maior ocorrência dessa inflamação em intestinos mais jovens. A alimentação desregrada e o baixo consumo de fibras são apontados como os principais fatores. Ambos colaboram para um aumento da pressão interna do intestino, dificultando a passagem do bolo fecal. E o desfecho dessa história é o aparecimento de divertículos, pequenas bolsas de 5 a 10 milímetros formadas na parede do intestino grosso, de dentro para fora, principalmente numa região conhecida como cólon sigmoide, situada do lado esquerdo e inferior do abdômen.

Para entender melhor como essa doença se manifesta, é preciso desmitificar alguns conceitos. A mera presença dos divertículos não significa que o intestino é refém de uma diverticulite. Nesses casos, ocorre o que os especialistas chamam de diverticulose. Muita gente tem, mas nunca tomará conhecimento dela, devido à ausência de sintomas. Já a diverticulite para valer nunca passa despercebida e dá as caras quando as tais bolsas se inflamam ao acumular pedacinhos de fezes endurecidas.

“Não sabemos por que alguns divertículos ficam inflamados e outros não. Mas tudo leva a crer que esse processo inflamatório se inicie com uma microperfuração na sua parede”, explica o gastroenterologista Adércio Damião, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Em idosos, isso é mais comum por causa da flacidez da musculatura intestinal. “Só que hoje a doença atinge os jovens devido aos hábitos inadequados e às refeições pouco saudáveis”, opina o coloproctologista Sérgio Nahas, professor da Universidade de São Paulo.


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Aos primeiros sinais,fique alerta!

Os primeiros sinais

Dor abdominal
Ocorre sempre do lado esquerdo do abdômen e é semelhante às dores de uma apendicite.

Mudança do hábito intestinal
Diarreia alternada com constipação, além de mudança da forma e da consistência das fezes, com possível presença de sangue.

Febre e náusea
Em sua presença, há indício de processo inflamatório com possibilidade de abscesso e surgimento de pus.

Ardência ao urinar
Os sintomas são parecidos com os de uma infecção urinária, sem contar a sensação de peso na bexiga.

Flatulência
Desconforto abdominal e gases.


Quando a diverticulite se agrava, pode ainda levantar a suspeita de um câncer intestinal, já que em ambos os tormentos tendem a ocorrer dores abdominais muito fortes e a obstrução do tubo digestivo. A tomografia computadorizada e a colonoscopia são os exames recomendados para avaliar as paredes do intestino e desfazer o mistério, indicando a causa do sofrimento. Como a diverticulite não aparenta ser hereditária, qualquer um está sujeito a deparar com ela. Daí por que o melhor tratamento é se prevenir, cuidando sempre da alimentação para evitar, amanhã ou daqui a algumas décadas, tantas complicações.


Cerca de 80% dos pacientes com diverticulite melhoram diante de uma terapia à base de antibióticos orais ou injetados na veia, dieta líquida e emoliente fecal. Afora isso, um menu caprichado em fibras agiliza a resposta à terapia, porque facilita a evacuação. São necessários alguns dias para controlar uma crise. Para que não ocorra um novo episódio e o problema não piore, mudanças na alimentação são indispensáveis. Além disso, o paciente deve praticar exercícios físicos — sempre com a supervisão de um profissional — porque eles estimulam o trânsito intestinal. Recomenda-se também evitar o consumo de leite e derivados, bebidas gasosas, castanhas e frutas com sementes.

Fonte de pesquisa:Revista Saúde-por Jacqueline Manfrin

Cuide-se!
Bronye

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