terça-feira, 31 de maio de 2011

Cuidado! Medicamentos genéricos falsificados , isso só ocorre no Brasil!



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Novo golpe contra o brasileiro: o sub-genérico
30-05-2011

Perigo novo na praça! É o golpe dos genéricos. Trata-se de falcatrua que transforma em séria ameaça à saúde iniciativa nascida para proteger o bolso do cidadão. É mais grave e de apuração complicada porque não envolve apenas grosseira falsificação de medicamentos. A origem poderá ser boa, mas falsa a dosagem declarada do princípio ativo. Normalmente, deveria replicar a da droga que, por ser de marca, custa mais caro. Utilizando dose menor do princípio o fabricante vende o gato e ganha mais, claro.

Alguns médicos já chegam a anotar nas receitas para seus pacientes que determinados medicamentos não podem ser substituídos (ilustração acima). É a maneira de protege-los contra a oferta, cada vez mais frequente nas farmácias, de troca dos remédios de marca por genéricos pouco confiáveis. Geralmente isso acontece quando o doente procura por remédios mais caros ou tarja preta. Quase sempre surge um balconista solícito que sugere a substituição pelo providencial genérico, normalmente muito mais em conta.

Tamanho interesse por quem já deixou suada erva na consulta médica é tão raro que o pobre coitado arrisca virar freguês. Mora aí o perigo. Médicos que sabem das coisas percebem a mão pegajosa de laboratórios por trás de tanta simpatia.

O fenômeno seria uma reação à durindana da Anvisa, a Agência de Vigilância Sanitária, sobre a ação dos fabricantes de genéricos nos consultórios médicos. Representes de laboratórios, como se denominam, costumam oferecer tudo isso e o céu também, dependendo da especialidade do médico (e, claro, do custo habitual em remédios nos tratamentos que ministram a seus pacientes). Adoçam a vida de secretárias com presentes, tomam a frente de pacientes e infernizam a vida de quem paga e ainda espera por uma consulta. Mais uma máfia.

Tantas foram as queixas – dos médicos inclusive – a respeito do número de visitas e do assédio dos laboratórios que a Agência apertou e a farra foi transferida dos consultórios para as farmácias.

Porém, não são todos os medicamentos genéricos, nem o conjunto de laboratórios que os fabricam os envolvidos nessa bandalheira. Só as análises da Anvisa poderão identificar as digitais dos bandidos. Mas que las hay, las hay. Até lá, continuarão soltos no mercado. É crescente o número de médicos que percebe demora na resposta – ou mesmo falta de resposta – às terapias que prescrevem. Na maioria dos casos em que se empregam medicamentos caros (ou tarja preta) isso tem ocorrido com pacientes aos quais, na farmácia, sugeriu-se a substituição pelo genérico.

Pode ser apenas mais uma manifestação de falta de escrúpulos, como as dos empreiteiros que se associam a governantes que superfaturam obras ou dos desmatadores, que se escudam na produção de alimentos. Mas pode também ser apenas resultado normal da gandaia que avança pelo país.



Cuide-se !

Bronye

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