segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Estresse é genético?

Filho de estressado......estressadinho é! O comportamento típico de quem está sempre com os nervos à flor da pele pode ser determinado pelos genes. Uma boa saída é ter consciência disso e não esquentar a cabeça.
por Samuel Ribeiro

O cabelo é da mãe e os olhos, sem a menor dúvida, são do avô. Mas esse jeito meio irritadiço e ansioso com certeza ele puxou do pai. Pois é, no caldeirão de genes que se derrama, por assim dizer, da família para os descendentes, alguns ingredientes vão além das características físicas do rebento. A mistura genética determina a predisposição para desenvolver vários problemas desagradáveis da miopia ao colesterol alto e até, veja só, aspectos comportamentais, como aqueles esboçados por quem parece viver estressado por qualquer bobagem.
Mas que fique claro: "Não estamos falando aqui daquela sensação de alerta que nos prepara para reagir de pronto diante de situações de tensão ou risco uma resposta natural do organismo", explica o psiquiatra Leonardo Gama Filho, chefe do Serviço de Saúde Mental do Hospital Municipal Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro. A história aqui é de quem fica constantemente desgastado com fatos insignificantes ou se preocupa além do normal no dia-a-dia. Pode ser mesmo uma herança maldita.


Três estratégias contra estresse

Engarrafamentos, reprovações na faculdade, problemas profissionais, espera no aeroporto... Levante a mão quem nunca ficou com os nervos à flor da pele diante de uma dessas situações. Felizmente, há formas de evitar que seu pavio fique ainda mais curto. Tudo depende de como a gente lida com os acontecimentos.É o que prega a terapia cognitiva comportamental, hoje uma das linhas da psicologia mais em voga quando o assunto é tratamento do estresse. De acordo com essa corrente, os eventos em si não são estressantes. Na verdade, é a forma como os encaremos que pode ou não deflagrar toda a tensão. Revista SAÚDE! conversou com José Roberto Leite, especialista na terapia e professor da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Abaixo, ele recomenda três estratégias para você não se tornar refém do estresse no dia-a-dia. Veja quais são elas:

Respire fundo
Esse simples ato pode ajudá-lo a ficar imune às explosões de mau humor. O método mais indicado é a respiração diafragmática, aquela na qual a gente utiliza o diafragma, músculo localizado na base dos pulmões. Veja como realizá-la:Coloque a mão na barriga e inspire, expandindo-a e contando até quatro. Após segurar um pouco o ar, solte-o muito lentamente, contando até seis. Isso fará com que o seu coração bata num ritmo mais calmo. É bem provável que você fique relaxado e tenha uma leve sonolência.


Medite
Esvaziar a mente é outra maneira eficiente de mandar o nervosismo para as cucuias. Ao meditar, a pessoa passa a encarar as situações que lhe aborrecem de um jeito mais leve. Isso porque, ao se desligar das preocupações por alguns instantes, ela pára de remoer o que a incomoda.Engana-se quem acha que é preciso de técnicas complicadas para meditar: prestar atenção nos seus pensamentos é uma forma simples de meditação.

Faça terapia
Se nenhuma das alternativas acima surtiu efeito, o melhor é procurar ajuda especializada. A terapia geralmente empregada é a cognitiva comportamental. O terapeuta tenta minimizar o incômodo que uma determinada situação provoca no indivíduo. Aquela ansiedade exagerada que surge quando a gente espera horas a fio numa fila de banco muitas vezes não tem uma causa lógica. É isso o que o especialista tenta demonstrar ao paciente, fazendo com ele questione os motivos que o levam a se estressar em demasia. No final das contas, a pessoa passa a enfrentar de uma maneira melhor os entraves diários.

Cuide-se!
Bronye

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